Elvis 1956




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

entrevista com LARRY GELLER


na foto ao lado LARRY GELLER com
Elvis  em 1977


Larry Geller foi um bom amigo de Elvis que passou anos ao seu lado e esteve presente até ao final. Larry tem algumas histórias fascinantes e ilustrativas para contar e Piers Beagley teve a sorte de passar duas horas falando com ele na sua casa, em Los Angeles.



É uma maravilha conhecê-lo, Larry, e tenho tantas perguntas que nem sei por onde começar. Hoje em dia você gosta de ser descrito como “O Mentor Espiritual de Elvis”, ao passo que antes era muitas vezes descrito por seu Conselheiro Espiritual.
Isso é algo que as editoras fazem, nunca me descrevi nesses termos. Eu era cabeleireiro pessoal de Elvis, seu bom amigo, confidente e éramos como irmãos espirituais quando estávamos juntos. E com isto quero dizer que logo na primeira noite em que nos conhecemos, isso mudou as vidas de ambos para sempre.
Quando é que conheceu Elvis?
A primeira vez que o vi foi quando era ainda um adolescente, num concerto no Auditório Pan Pacific em Los Angeles. No entanto, 8 anos depois eu estava a cortar o cabelo de Johnny Rivers quando o meu telefone tocou e era uma pessoa que trabalhava para Elvis, que se chamava Alan Fortas.  Alan disse, “Elvis adoraria que viesse aqui na casa dele para cortar o cabelo.
Gostaria de vir?” Eu disse, “Ótimo.” Na época eu estava  trabalhando para vários artistas de Hollywood, como Peter Sellers, Sam Cooke, Steve McQueen e outros. Mas quando soube que ia cortar o cabelo de Elvis, fiquei um pouco nervoso!


Mas como é que Elvis conseguiu o seu número de telefone? Nessa época, Sal Orfice não era o cabeleireiro dele?
Tem razão. Era Sal que estava tratando do cabelo de Elvis na época, mas ele não gostava de ter de viajar tanto e de ser tão subserviente de Elvis e foi a sua esposa, Marilyn, que sugeriu que eu o substituísse. Nessa época eu estava bastante entusiamado com o meu trabalho. Tinha apenas 24 anos e não era nada de especial para mim se tivéssemos de ir até à casa do Frank Sinatra, por exemplo! Mas só de pensar que ia conhecer Elvis, isso era um pouco “demais” para mim. Ele era O Homem, era O Rei, era uma lenda!
 
Fui de carro até Bel Air, e até à casa em Perugia Way e podia-se logo saber qual era, pois havia toneladas de pessoas à porta! Enquanto eu passava pelos portões, as garotas gritavam, “Diz ao Elvis que estou aqui e que eu o amo” e eu só pensava, “Uau, isto é mesmo importante!”
Entrei em casa e Elvis veio ao meu encontro dizendo, “Olá, sou Elvis Presley,” e eu estendi-lhe a mão e disse, “Olá, eu sou Larry Geller.” Elvis tinha cerca de 1,84m e eu tenho 1,87m e tive uma sensação de déjà-vu de há 8 anos atrás, quando eu era o adolescente a olhar para cima. Apertei-lhe a mão e ele disse, “Vamos até ao banheiro, onde poderá mexer no meu cabelo e poderemos conversar um pouco”.



Entramos no seu banheiro e eu estava à espera de ver aquela “artilharia” toda de Hollywood, cadeiras que se vêem nos salões e tudo o mais, mas não havia nada! Elvis disse, “É aqui mesmo!”  e pôs a cabeça no lavatório! Comecei a colocar xampu  no cabelo e quando comecei a enxaguar o cabelo, ele levantou e começou a balançar a cabeça. Voou água e gotas para todo o lado, para cima de mim, para cima dele. Ele olhou para mim com aquele sorriso à Elvis e disse, “Ei, homem! Que se lixe! Pelo menos já está lavado!Quando ele disse aquilo pensei que homem simples Elvis era. Soube logo naquele momento que era sincero, não era falso.
E então como é que Elvis descobriu tudo sobre os seus interesses? Foi ele que lhe perguntou?
Bem, levei cerca de 45 minutos
tratando do cabelo dele e durante todo esse tempo Elvis não disse uma palavra, mas os seus olhos seguiam cada movimento que eu fazia. Eu trabalhava com pessoas como Warren Beatty e Paul Newman e os homens mais famosos do cinema, mas posso dizer-lhe que nenhum deles se parecia com Elvis Presley. Elvis eclipsava-os a todos! Ele tinha o rosto, a voz, a carreira, os fãs, a fama, o dinheiro e até tinha o cabelo! Era incrível trabalhar o cabelo dele.


Quando acabei de pentear, perguntei: “Então, o que achou, Elvis?” Elvis olhou e disse, “Sim, sim, está bom, mas queria fazer uma pergunta, Larry. O que é que realmente faz na vida? Como é que és realmente?” Pensei para comigo, “Uau, este cara não disse uma palavra e agora vem com esta pergunta tão pessoal?”
Então contei-lhe a verdade acerca dos meus interesses e isto passou-se muito antes da explosão dos Beatles e dos interesses neste tipo de assuntos ficar popular. Então disse-lhe que trabalhava como cabeleireiro como forma de vida, mas o que era mais importante para mim era a minha busca pela verdade, pelo objetivo da vida e por Deus.
Disse a ele:Sei que é Elvis Presley, a maior estrela do mundo e que estou dizendo talvez te soe bastante pateta.” Mas Elvis replicou, “Não, espera aí. Larry, nem faz idéia de como preciso de ouvir o que tem para dizer. Por favor, continue a falar.”
Então contei-lhe sobre a minha meditação, o yoga, os meus livros espirituais, que era vegetariano e tudo o mais. Logo a seguir ele quis saber sobre a alma, Tínhamos alma?, De onde vínhamos?, Sobreviveríamos a esta vida?... Todas estas questões surgiram nesta conversa.


E durante este tempo todo ainda estavam no banheiro de Elvis?Bem, antes que pudesse perceber, já tinha passado mais de uma hora e Elvis estava a conversar comigo, quando olhei para o espelho e ele tinha lágrimas a escorrerem pelo rosto. Estava a falar sobre a sua mãe e como eram pobres e como ela tinha desperdiçado a sua vida a trabalhar como uma  escrava. Contou-me como não tinham água corrente em casa, mas um poço nos fundos do quintal. Falou do seu irmão gêmeo Jesse, que tinha nascido morto e como tinha sido educado a ir à igreja. Falamos de coisas bastante importantes e durou cerca de 3 horas.NIsso, alguém bate à porta e isto é bastante engraçado e nunca esquecerei. Um dos rapazes disse, “Ei, chefe, tudo bem, aí dentro?” Elvis replica, “Claro, homem, claro que estou bem. Que diabo pensa que pode me acontecer no meu próprio banheiro?” É claro que agora todos sabemos que foi aí que tudo acabou. Bastante irônico, não?



Na época também não obteve uma oferta para trabalhar em tempo integral para Peter Sellers?Sim. Duas semanas antes, Peter Sellers tinha-me pedido para ir para Inglaterra com ele e trabalhar no seu novo filme. Era uma mudança de país e muito embora eu gostasse de Peter, era ir para muito longe. Por isso disse que teria de pensar. Mas quando Elvis me disse, “Volta para o teu salão. Diga-lhes que esta se despedindo e vem trabalhar para mim em tempo integral. O que acha disso?” Nem precisei de esperar um segundo para responder, disse logo, “Sim.” Era uma situação que me parecia certa e sabia que tinha razão.
Então depois de ter dito que sim a Elvis, começou logo a trabalhar com ele no filme Roustabout?Elvis disse-me para me apresentar nos Estúdios da Paramount no dia seguinte às 8 horas da manhã. Então lá fui eu para a Paramount e arrumei o cabelo dele. Foi tão incrível porque no final do dia saímos todos até onde estavam os carros estacionados e Elvis estava sentado no Rolls Royce que tinha acabado de comprar. Disse-me, “Ei, Larry, acabei de comprar este Rolls. Quer levá-lo emprestado esta noite? Vá até á minha casa hoje à noite e leva a sua mulher para dar uma volta!” Assim sem mais nem menos! Mas, sabe, senti-me meio envergonhado e disse, “Não, deixa estar, Elvis.” Nem queria acreditar na sua generosidade, mas Elvis era assim!



Ele adorava dar presentes, não era?Se você tivesse a oportunidade de conhecer Elvis esta noite, ele lhe daria um relógio, uma pulseira, ou qualquer outra coisa. Ele era assim, uma pessoa extraordinária, sempre pronto para dar. Adorava mesmo fazer as pessoas felizes e partilhar o que tinha. 
Já leu o livro de Alanna Nash sobre o Coronel? Alguma vez desconfiou de algumas das coisas que ela expõe?É muito verdadeiro. Eu conheci o Coronel e o tipo de caráter que ele tinha e como era bombástico. Era um autêntico vigarista que se servia do poder para conseguir o que queria. Tinha água gelada a correr nas veias. É um livro excelente, mas muito do que vem lá escrito não é nenhuma revelação para mim. Dei à autora, Alanna Nash, todas as informações que tinha. Ela é uma autêntica jornalista.
Nos últimos dois anos da sua vida, lembro-me de ouvir Elvis dizer, “Quero ir até à Europa e fazer turnês, ver o mundo. Tenho fãs na Europa, na Alemanha, no Japão. Os Beatles vêm cá, os Stones também. Porque não eu?



Elvis chegou mesmo a me dizer que achava que alguma coisa de muito estranha tinha sobre o motivo do Coronel não se interessar por isso, mas não sabia bem o que poderia ser. Elvis disse que sempre que perguntava o que se passava, o Coronel dizia que estava trabalhando sobre o assunto. Mas agora sabemos o que era! (Nota: no livro de Alanna Nash, The Colonel, depois de intensas investigações, o Coronel Parker foi ligado a um assassinato ocorrido na sua terra natal, na Holanda. Tudo isto justifica várias das medidas que ele tomou – ou deixou de tomar – durante a carreira de Elvis).
Você esteve presente em algumas datas extraordinariamente importantes. Por exemplo, em meados dos anos 60, quando Elvis estava mesmo precisando de ter algo mais além dos seus filmes tão ruíns. E você trouxe-lhe algum interesse espiritual.Sabe que todas as noites, Elvis e eu passávamos cerca de duas horas juntos sozinhos conversando e isto continuou durante anos. Até mesmo Priscilla, no seu livro, escreve sobre como nos afastavamos. Ela tinha ciúmes, pois nem ela, ou os rapazes, sabiam do que falávamos.



Como está o seu relacionamento com Priscilla?Tenho cruzado com ela umas poucas vezes e é tudo muito “superficial”, nos abraçamos, dizemos “Olá, como está?”, mas não somos amigos, sabe! Descobri recentemente que ela está fazendo alguns trabalhos maravilhosos de caridade, o que é ótimo, por isso, Deus a abençoe.
Outro evento importante foi em 27 de Agosto de 1965, quando os Beatles  vieram visitar Elvis. O que pode contar sobre aquela noite?O Coronel tinha marcado um encontro entre Elvis e os Beatles. Antes deles chegarem, Elvis e eu estivemos no banheiro e eu arrumei o seu cabelo. Elvis esteve sempre muito calado e a tamborilar com os dedos na beirada do lavatório. Olhou para mim e disse, “Caramba, sei o que aqueles caras estão passando. Quer dizer, já passei por isso. Estão tocando para grandes audiências e eu estou fazendo estes filmes horríveis para adolescentes – Sinto tanta vergonha.”





Naquela noite Elvis tinha um aspecto tão fenomenal. Ele costumava usar umas camisas tipo bolero e tinha-as em todas as cores, exceto castanho. Detestava castanho! Naquela noite estava usando uma camisa azul. Fomos todos para a sala e subitamente ouvimos gritar, como um trovão, como se uma bomba tivesse explodido. A porta da frente abriu-se e os Beatles entram! Os Beatles vieram com Brian Epstein, o seu empresário. Foram ter com Elvis e foram apresentados e Elvis sentou-se numa cadeira. Todos os Beatles se sentaram no chão mesmo à frente de Elvis, num semi-círculo. Ficaram ali sentados, olhando para Elvis. Instalou-se um silêncio de morte na sala, até Elvis dizer, “Bem, que diabo, se vocês não vão falar comigo, vou para o meu quarto.”  Isso fez a gente rir e quebrou-se o gelo. Lembro-me de os ver a olhar para a televisão de Elvis e dizer, “Uau, vejam, uma televisão a cores!” porque nunca tinham visto uma antes. Depois disso, Ringo, Billy Smith, Marty e Richard foram todos jogar bilhar na sala ao lado.
E o que dizer sobre a famosa jam session?Paul McCartney, o John e eu, e possivelmente Jerry Schilling, estávamos sentados conversando quando Paul perguntou a Elvis se podia experimentar uma das suas guitarras. Elvis disse, “Claro, homem, escolha à vontade.” Então Paul pegou numa e começou a tocar, seguido por John e logo seguido por Elvis também. Os três começaram a tocar e a cantar durante cerca de 20 minutos e eu pensei, “Isto é incrível! Agora estou no centro do universo. Os Beatles e Elvis!” O mais engraçado é que o Coronel Parker era tão rígido com o controle que não permitiu que se tirasse uma única fotografia de Elvis com os Beatles juntos! Até que ponto uma pessoa pode ser tão ridícula?!



A certa altura comecei a interrogar-me onde estaria George. Fui lá fora e estava escuro como breu, mas mal saí, soube que ele estava lá, pois chegou-me logo o cheiro de erva! Lá estava George, sentado ao pé de uma árvore a fumar um charro. Sentei-me e conversei com ele durante um bom tempo. Tivemos uma conversa ótima porque eu sabia que George estava envolvido com questões hindus e mais tarde viria também a ser grande amigo de Daya Mata. Estabelecemos logo uma ligação espiritual. Senti-me tão triste quando soube que morreu recentemente.
Alguma vez viu aquelas fotos muito fraquinhas e amadoras que foram tiradas naquela noite?Sim, sei quais são. Elvis apareceu e disse, “Ei, rapazes! Quero mostrar-lhes uma coisa.” Primeiro fomos lá fora e fomos ver o seu novo Rolls Royce. Era uma loucura com as pessoas lá fora gritando ao mesmo tempo “Eu te amo, Elvis” e “Te amamos, Beatles.” Lembro que algumas adolescentes tinham subido em algumas árvores altas e estavam com máquinas fotográficas. Acho que é daí a origem dessas duas fotos tiradas daquela noite. Em seguida Elvis levou-os para dentro para verem o novo presente que o Coronel Parker lhe tinha dado, que era uma nova sauna no quarto de Elvis. Paul meteu a cabeça para olhar para o espelho e disse a Elvis, “Quem é que está ali?” Elvis não sabia e quando olhamos, vimos uma adolescente que se estava tentando se esconder debaixo de um banquinho de madeira. Ela lá tinha conseguido passar pelos seguranças. Quando nos viu, gritou e saltou para cima de Elvis e tivemos de a tirar para fora à força!
Depois dos Beatles terem ido embora e de Elvis se despedir, eu e ele voltamos para o seu quarto e ele disse, “Gostei mesmo daqueles rapazes, são bons rapazes. Mas o que se passa com os dentes deles?!” Claro que devido a falta de comida do pós guerra na Inglaterra, havia falta de boa comida e os dentes deles não eram bons. Seja como for, Elvis disse, “Não consigo perceber. Têm dinheiro, porque não mandam arrumar os dentes?” E mesmo quando estava se preparando para ir dormir, Elvis disse, “Lembre-se de uma coisa, Larry, eles são quatro e eu só sou um!




Voltou a ver os Beatles depois disso?Bem, de todos os Beatles era óbvio que Elvis tinha gostado mais de John Lennon. Durante uns poucos dias depois do encontro, John telefonou várias vezes, pois queria que fôssemos a casa deles para festejar. Seja como for, os rapazes foram durante as 3 ou 4 noites seguintes, mas Elvis não quis ir. Os outros se divertiram bastante, mas eu acabei ficando com Elvis, para lhe fazer companhia.
Obviamente, devem ter havido alguns momentos de tensão entre você e os outros elementos da Máfia de Memphis por causa de seus modos diferentes de vida.Acertou em cheio, foi mesmo assim! Bem, o que tenho de dizer é que eu estava lá porque era o que eu fazia para viver, mas, mais importante que isso, estava lá por causa de Elvis, porque gostava dele. Ali estava um cara super aberto e receptivo, interessado naquilo que eu tinha para dizer, por isso, era a combinação perfeita. Ambos gostávamos muito de numerologia e ele era um 8 porque nasceu em 8 de Janeiro e esse é um número que representa ser mal entendido. E Elvis sentia que era muito mal entendido. Falta de entendimento na sua carreira e até com as pessoas sobre quem ele era. Elvis tinha perfeita consciência de todos os ciúmes, invejas e ressentimentos dentro do grupo, mas ele achava que estávamos ali para um objetivo mais importante. Era nisso que se baseava a nossa amizade, mas era muito difícil. Para o mundo exterior eu fazia parte da Máfia de Memphis, mas dentro do grupo havia alguns elementos que se detestavam entre si – e isso existe ainda hoje. Eu tinha a atenção de Elvis e eles não gostavam disso. Não sabiam do que falamos ao longo dos anos. Em termos da visão que Elvis tinha para o seu futuro, as pessoas à volta dele não sabiam nada de nada, exceto Charlie Hodge.  Charlie sabia porque ele era muito discreto em relação a algumas discussões muito, muito importantes que tiveram lugar durante os últimos dois anos de vida de Elvis. Depois de um concerto, os rapazes iam até ao bar para se encontrar com garotas e eu ia para ficar com Elvis. Era por isso que estava lá e era por isso que queria estar lá.




Charlie parecia ser um dos melhores amigos de Elvis.Charlie era um homem muito simpático e decente e o Billy também esteve sempre presente. Sempre senti que tinha uma missão, por isso sentia que tinha de ficar com Elvis durante os piores momentos. Até hoje em dia, mesmo com aqueles que ainda me guardam ressentimentos e com quem não me dava, não me importo com isso. Porque nós estabelecemos um elo e partilhamos algo de tão único e profundo que tudo o resto consegue passar-me ao lado. O que eu não faria para poder estar sentado durante dez minutos com ele agora mesmo!
Houve um longo período em que você não teve qualquer contato com Elvis, desde 1967 a 1972, depois do incidente durante as filmagens de Clambake. Lembro-me que você disse que voltou a vê-lo novamente em Agosto de 1972 e que lhe pareceu que já nessa época ele estava metido em sérios problemas.Foi o meu amigo Johnny Rivers que sugeriu que fôssemos ver Elvis em Las Vegas. Mas quando Elvis apareceu, pude ver a mudança e vi isso nos seus olhos. E acontece que disse a alguém que estava na nossa mesa, “Ele tem mais cinco anos de vida, da forma como está a ir.” Claro que não estava mesmo a falar a sério, mas foi apenas porque pude sentir que algo estava errado. Conseguimos ver pela linguagem corporal de alguém e pude sentir que ele estava a usar más substâncias e que provavelmente não tinha os elementos certos à sua volta. Era algo que tinha a ver com a energia.



Muito embora o Coronel tenha, de fato, feito alguns negócios espantosos nos primeiros tempos, parece que por volta dos anos 70 ele estava fazendo o seu “cavalo de corrida correr até à morte”. Isto deve ter sido horrível de ver, não?
(suspirando) Oh, meu Deus, em algumas noites nem sei como ele era capaz de atuar. Numa das últimas turnês de Elvis, estávamos em Louisville, no Kentucky, e Elvis estava fisicamente doente e estava passando por problemas emocionais sérios. Nesta noite em particular sentia-se com náuseas e com febre, sentia-se terrivelmente mal. Não conseguia dormir, virava-se e revirava-se na cama. Eu mesmo estava tão cansado, que disse, “Ei, Elvis, tenho que ir dormir um pouco. Te vejo depois quando acordar.” Estávamos no Hilton Hotel e no dia seguinte, quando regressei à suíte de Elvis, entrei e, surpreendentemente o Coronel estava lá. Foi a primeira vez que o vi dentro do quarto de Elvis. Disse, “Olá, Coronel”. E ele disse, “Onde é que ele está?” Expliquei que estava com o Dr. Nick e disse, “Deixe-me ir dizer ao Elvis que está aqui.” O Coronel passou por mim à pressa e disse, “Não. Eu é que vou entrar” e abriu a porta.

Até me dói dizer-lhe isto, mas o que eu vi foi o Dr. Nick ajoelhado à cama de Elvis. Elvis estava desmaiado e o Dr. Nick colocando a cabeça de Elvis dentro de um balde com água gelada para o reanimar. Era uma visão patética. A porta fechou-se e o meu primeiro pensamento foi, “Provalvemente isto é bom, pois finalmente o Coronel vai ver o que raio se está se passando. O Velhote vai ver que Elvis está numa péssima forma, está semi-consciente e tem de parar esta turnê horrível.” Um minuto depois a porta abriu, o Coronel passa outra vez por mim e eu levanto-me. Ficamos parados frente a frente e ele a olhar-me fixamente nos olhos. Ele disse, “Vê se me ouves muito bem. A única coisa que é importante é que aquele homem esteja sobre o palco esta noite! Ouviste bem? Mais nada interessa.” E foi-se embora.




O meu coração afundou-se. Eu sabia a verdade e só me apetecia gritar. Oh, meu Deus, que filho-da-**** desgraçado. E depois ouvi Elvis gritar, “Lawrence, é você que está aí? Porque diabo deixou aquele sacana entrar aqui?” Expliquei-lhe que ele tinha passado por mim e depois Elvis ficou xingando o Coronel Parker durante uma hora. Usou todas as palavras más que existem e disse, “Aquele sacana gordo, filho-da-****… Vou ver se me livro daquele filho da mãe. O pai quer livrar-se dele; há anos que o odeia. Não consigo suportá-lo. Há anos que ele perdeu o sentido total do que é o show business. Está apenas me usando e quero que Tom Hullett seja o meu empresário. Depois da turnê  de Setembro, acabou-se!” Falou sobre quem ia despedir e como ia mudar as coisas de uma vez por todas. 

E o que tem a dizer do boato que Joe trabalhava para o Coronel e para Elvis?
Elvis parecia ter conhecimento disso e ressentia-se disso. Sinto-me pouco à vontade a dar pormenores, pois isso não seria nada simpático, mas há muito mais sobre isso no novo livro sobre o Coronel. No entanto, posso mencionar um tipo de história relevante que está no meu livro If I Can Dream. Um dia estávamos em Chicago e eu fui até ao quarto de um dos rapazes e disse, “Sinto-me assustado como se alguma coisa estivesse errada. Se olhar bem para Elvis, pode ver que ele está tão doente, mais do que doente e precisamos  fazer alguma coisa, pois tenho medo de que aconteça alguma coisa.” Ele disse, “Espera um pouco. Larry, está sendo negativo. Daqui a 20 anos Elvis ainda estará tão saudável como está hoje. Todos nós sabemos que os cantores rejuvenescem. Mas te digo, Larry, que vai acontecer é uma coisa a ti. E sabe porquê? Porque está a ser tão negativo!” Percebi que estava falando uma língua estrangeira com alguém, com comprimidos no seu sistema, que não conseguia ver a realidade e que estava em total negação. Mais tarde fui falar com outros dois, mas de forma semelhante, disseram que eu estava ficando paranóico. Sem saber muito bem o que fazer, fui falar diretamente com Elvis. E contei-lhe a verdade e que estava preocupado. Contei-lhe à frente do Joe Esposito e do Dr. Nick.




Também deve ter estado presente quando começaram a surgir boatos sobre o livro Elvis: What Happened?.
Quando Elvis ouviu falar sobre esse livro e que os 3 homens iam “chutar o balde”, isso o afetou muito. Sentiu-se como se o estivessem esfaqueando. Ele dizia: “Se aqueles caras precisavam de dinheiro, eu daria tudo o que queriam. Só que já não os quero à minha volta. Já tive processos legais em cima de mim que me custaram 10 milhões de dólares por causa deles.” Passaram-se dois ou três meses e nunca mais ninguém ouviu falar do livro. Elvis pensou que talvez o Coronel tivesse conseguido fazer parar o processo. Disse-me que pensava que afinal já não seria mais publicado. No entanto, um dia, durante uma turnê, um fã que tinha trabalhado na editora de Nova Iorque, me forneceu uma cópia manuscrita. Voltei para o meu quarto e pensei, “Oh, merda, eles vão acabar com Elvis.”

Grande parte do livro era exagerado e havia meias verdades. Então senti que precisava de esperar pelo momento certo para contar a Elvis, pois agora sentia que a pressão estava em cima de mim. Duas semanas depois, ainda em turnê, estava no quarto com Elvis e ele estava a queixar-se que doía a garganta e que lhe doíam os ossos. Sentia que alguma coisa estava errada e foi aqui que ele mencionou um possível câncer. Disse-lhe que ele precisava de dormir bastante e recarregar as suas baterias, visto que estaria no palco mais uma vez naquela noite. Deixei-o ficar sozinho e fui para o meu quarto.



Uma hora e meia depois o meu telefone toca, “Lawrence, volte aqui, por favor. Não consigo dormir, pede ao Dr. Nick para vir.” O Dr. Nick chegou e deu a Elvis um monte de comprimidos. Regressei ao meu quarto e deixei-o dormir. Naquela tarde, às 16h00 voltei ao quarto de Elvis para o acordar e bati suavemente na porta. Elvis disse, “Entra, Lawrence,” e estava sentado na cama. Estava a abanar a cabeça e disse, “Não consigo, caramba.” Nesta momento, Joe entrou. Elvis disse, “Escutem, rapazes, estou doente. Tenho de cancelar a turnê. Vou telefonar ao pai e vocês regressem aqui daqui a 5 minutos.”

Me dei conta que se Elvis cancelasse a turnê naquele momento, isso só iria acrescentar mais lenha à fogueira do livro que eu sabia que seria publicado. 

Então foi nesse momento que percebeu que tinha que contar a Elvis sobre o livro?
Exatamente. Com o Dr. Nick e o Joe presentes, contei tudo a Elvis no seu quarto naquele dia. Disse, “Elvis, tenho que te dizer uma coisa. Ninguém à sua volta te conta a verdade, mas sabe aquele livro? Vai sair, já vi as provas.” Elvis ficou branco. Eu disse, “Se está doente e quer cancelar esta turnê, tido bem. Mas os rapazes estão prontos para te crucificar e tens de saber o que se passa. Vão dizer coisas que não vai gostar de ouvir, mas tem de estar informado.”

Elvis estava de pé, mas sentou-se na cama, com o seu macacão e disse, “Telefona já ao Coronel”. Deitou na cama, e cruzou os braços. Neste momento entra o Charlie Hodge, todo divertido e pronto para ir para o palco. Elvis bronqueou: “Fecha a matraca, Charlie.” Agora, tanto Joe como todos nós estamos sentados na cama de Elvis quando Tom Hullett entrou e perguntou o que estava acontecendo.



Elvis disse: “Não sou capaz. Estou doente, caramba. Detesto ter que fazer isto, detesto ter que cancelar a turnê, mas não sou capaz.” Tom Hullet disse o mesmo que eu. “Se tem que fazer, tudo bem, mas isso vai chegar a imprensa. Por isso, por motivos de segurança, temos que te levar a um hospital e depois para casa.” Elvis me fez um sinal para ir até o banheiro com ele, levantou os braços e olhou para mim. Disse, “Olha para mim, Larry, olha para mim, homem. Estou tremendo, estou doente” e estava a chorar. Comecei a chorar e disse, “Sei que está doente, mas tive que dizer. Desculpa. Foi este o momento em que tive que contar. A tua vida está em jogo.”

Durante as duas horas seguintes estivemos arrumando as malas e a preparando-nos para ir embora. Não lhe arrumei o cabelo como costumava fazer e ele esteve muito calado comigo e não disse nada. Regressamos de avião a Memphis onde esperavam que fôssemos diretamente para o hospital, mas em vez disso fomos para Graceland. Já aí Elvis come uma torta enorme e acaba ficando no seu quarto até às 18h00 e só depois é que vai para o hospital. Senti que não podia regressar a LA até falar com ele, por isso fui até ao hospital, onde os rapazes me informaram que ele não me queria ver. Lembro-me de ver Lamar saindo do quarto de Elvis e de me dizer, “Contaste-lhe a verdade, não foi? Caramba, deixa-me apertar sua mão. É o único daqui que tem coragem




Continuava a precisar de ver Elvis, por isso esperei durante dias num quarto próximo ao seu. Não era capaz de ir embora. Numa manhã ouvi Elvis dizer, “Lawrence, está aí?” Entrei no seu quarto e Elvis disse, “Larry, tens de me perdoar, irmão. Foi o meu ego. Está aqui porque me disse a verdade. É por isso que está aqui. Tem que entender pelo que estou passando.” 

No seu livro você menciona que até mesmo nestas condições, Elvis ainda estava fazendo planos para o futuro. Pelo menos isso soava positivo.
Elvis tinha mesmo planos para o futuro, que envolviam um livro e projetos como ator. A turnê seguinte foi duas semanas depois. Estávamos em Detroit e era 25 de Abril porque estávamos a falar da mãe dele e essa era a data do aniversário dela. Elvis levantou-se, estávamos a olhar um para o outro e ele pousou sua mão sobre meu ombro. Com a outra mão apontou lá para fora e disse, “Os fãs conhecem o ‘Elvis’ muito bem.” Mas depois bateu com um dedo no seu peito com bastante força e disse, “Mas, caramba, não me conhecem a mim. Não fazem idéia nenhuma.” E disse, “Lawrence, está comigo?

Perguntei o que ele queria dizer com aquilo e respondeu, “Escuta, Larry, senão contar a verdade ao mundo eles nunca hão de saber a minha verdadeira história. Você me conhece e não pediria isto a mais ninguém. É responsável, pois foi você que me colocou neste caminho. Sei o que leio, sei o que estou passando. Sabe o que estou tentando fazer, em como gostava de ajudar este mundo. É justo fazermos algo juntos, Larry. Talvez escrevamos um livro. Podíamos intitulá-lo Through My Eyes (Através dos meus Olhos) e fazermos filmes com sentido.” Tudo isto soava tão bem, que concordei e disse, “Claro, Elvis. Estou contigo e podemos fazê-lo.”




Durante os anos 60 Elvis xingou e queixou-se sobre os seus filmes muitas, muitas vezes e como queria sair daquilo. Dizia, “Olha, não estou metido nisto só pelo dinheiro. Sempre quis ser ator.” Aquilo que mais lamentava era nunca ter ganho um prêmio da Academia. Já tinha trabalhado com ele no documentário de 1974 sobre as Artes Marciais. Então falávamos sobre outras idéias acerca de filmes que Elvis gostava, conseguirmos arranjar alguns dos melhores roteiristas de Hollywood para trabalhar num filme feito por encomenda para ele. Era este o objetivo e até chegamos a falar em tirar um ano de folga, ir para o Hawaii para a pré-produção, mas, claro, isso nunca aconteceu.

Mas para fazer isso ele teria de escapar do Coronel que, claro, ele tentou fazer em 1973, mas não conseguiu.
É verdade! Nessa época Elvis cedeu, mas por volta de 1977 ele sabia que as coisas tinham de mudar. Queria livrar-se do Coronel e queria uma nova mudança. Falou em voltar a casar e ter mais filhos. Ele queria isso. Era uma luta constante



Em Março de 1977, você chegou a ir naquelas últimas férias no Hawaii. Obviamente que na época Elvis andava variando de regimes que iam de vitaminas naturais, que você sugeria, e todos os medicamentos químicos que tomava dados pelo Dr. Nick.
Não tenho respeito pelo Dr. Nick. Antes de uma turnê começar, eu arranjava pacotes de vitaminas e minerais para me ajudar a manter-me saudável durante a turnê. Além disso, eu era vegetariano. Um dia eu estava no quarto de Elvis quando ele acordou e o Dr. Nick estava lá. Peguei num pacotinho de vitaminas, coloquei na mesa e disse, “Elvis, devia tomar isto, são bons para ti.” Também lhe fiz um discurso sobre os benefícios das vitaminas. E o Dr. Nick disse, “Ei, tira essa porcaria daqui. Essa merda não funciona.” Era um médico que dizia isto! Claro, já nem sequer é medico. Graças a Deus que se fez alguma justiça.

De fato, não foi em 1967 que deixou Elvis pela primeira vez e foi o exato momento em que o Dr. Nick apareceu pela primeira vez?
Sim e foi quando Elvis iniciou o seu regime de tomada de comprimidos.

Algumas pessoas dizem que o lado místico e espiritual de Elvis não era importante, mas durante os anos 60 deve ter sido algo de bastante importante, pois Elvis estava fazendo filmes leves e horríveis e durante esse tempo deve ter andado à procura de algo.



Elvis surgiu da sua base espiritual, pois ele era assim. A coisa mais importante na sua vida era a sua carreira, a sua filha e a sua alma espiritual. Trinta minutos antes do funeral de Elvis, Vernon revelou-me algo que disse tudo. Estávamos em Graceland no quarto da empregada e vi Vernon sentado e com um aspecto cansado. Fez-me sinal para me aproximar e disse, “Larry, tenho de desabafar uma coisa contigo. Quando apareceste pela primeira vez, desconfiei de você. Era ‘você e Elvis’ a toda a hora e você  trazendo todos aqueles livros esquisitos. Cheguei mesmo a falar com Elvis e  dizer-lhe o que achava, mas ele disse, ‘Não se preocupe,  Larry é uma ótima pessoa.’ Levei muito tempo, muitos anos, para perceber isso, Larry, que você e Elvis eram apenas pessoas espirituais.” A casa estava cheia de gente e Elvis estava ali deitado dentro do seu caixão e quando Vernon me disse isto, foi como se me tivesse caído uma tonelada de tijolos em cima de mim.



Acho que muitos de nós nos sentimos emocionados quando pensamos nestes últimos anos. É que foram difíceis mesmo. Se ao menos tivesse sido diferente.
Bem, ele tinha um plano para o futuro. Até mesmo naquele ultimo ano, quando ele estava realmente doente e tomava tantos comprimidos, Elvis estava bastante consciente. Mais ninguém sabia tão bem o que se passava com ele do que ele mesmo. Ele sabia que tinha um problema e sabia que tinha de parar. A idéia era irmos para o Hawaii e ele se livraria da maior parte das pessoas que trabalhavam para ele e manteria uma equipe mínima. Queria livrar-se do Coronel Parker. 

Disse, “Caramba, quero libertar-me desses comprimidos e quero fazer uma boa dieta e exercício. Quero regressar para o ano que vem e quero voltar a fazer filmes. Não aqueles filmes para adolescentes, mas papéis dramáticos para que possa mostrar aos fãs quem realmente sou.” Falava sempre muito  sério quando dizia isto.





A tragédia da vida de Elvis é que foi um homem que teve tudo. Ele foi, é e será sempre O Rei. Mas sabia também que estava contaminado de toxinas e que a sua dieta estava descomunalmente errada e que tinha de limpar o seu organismo. Sabia que havia pessoas à sua volta que não eram seus amigos, mas que estavam ali só para receber o cheque ao final do mês. Elvis era esperto e mais esperto do que qualquer uma das pessoas que o rodeavam. E estava fazendo planos. A tragédia é que ele foi sempre adiando suas decisões.

Os últimos anos de vida de Elvis foram como uma viagem numa montanha-russa, com momentos de clareza na sua mente. Mas depois entrava em depressão?
Claro. A vida e a morte estavam ambas pousadas sobre os seus ombros e, com grande tristeza, a morte ganhou.

Agora uma pergunta mais leve. Como passou tanto tempo ao lado dele e assistiu a tantos concertos, qual é a canção de Elvis que mais significado tem para você?
A canção que me toca de forma inigualável é Unchained Melody, porque Elvis colocou essa canção nos seus concertos durante os seus últimos meses de vida. Era apenas Elvis a cantar, ao piano, com uma luz azul sobre ele. Quando ouço isso, fico sempre espantado. E aquele concerto da passagem de ano de 1976 quando canta Rags to Riches e Unchained Melody – foi fenomenal naquela noite. Um dos melhores concertos que deu na vida e estava com ótimo aspecto. De fato, Jimmy Carter telefonou-lhe naquela noite quando já estávamos de volta no hotel. Eu atendi o telefone e disse a Elvis que era alguém fazendo-se passar pelo Presidente dos Estados Unidos. Mas era ele mesmo e Elvis estava à espera do seu telefonema!


 


O que está  Larry Geller fazendo agora?
Estou trabalhando num novo livro sobre o qual falei pela primeira vez com Elvis. Escreveria um livro sobre a Saúde e o Cabelo e na época Elvis disse que poderia usar o seu nome no livro. Sentia-se muito feliz por ser associado com a saúde e pensei que isso poderia ser bom para a sua imagem. Ele até chegou a falar sobre a hipótese de fazer um anúncio publicitário para mim! Elvis falou até com Vernon sobre isso, mas Elvis morreu antes que quaisquer contratos tivessem sido assinados e depois senti que não devia ir avante com o projeto.

Mas agora estou a fazê-lo e melhorei o conceito. Vou falar de todos os meus primeiros anos com Elvis e de todas as celebridades que conheci. O livro intitula-se GellerCare: Healthy Hair, Healthy Life e é sobre a vida e o rejuvenescimento, a nutrição, crescimento espiritual e tudo o que se precisa de saber sobre o cabelo. Deve sair no início do ano que vem e também vai conter fotos de todos os filmes que fiz com Elvis.

Uma pergunta final. Você falou bastante com Elvis sobre a reencarnação e o karma. Sonha com ele e acha que vai voltar a encontrar-se com Elvis outra vez?
É uma boa pergunta. Tenho tantos sonhos com ele que até me arrepio. Acordo e é como… “Uau, foi tão real”.  A outra é uma questão mais complexa… O que acontece quando deixamos esta vida? A minha resposta é: Sim. Espero voltar a ver Elvis outra vez. Que Deus o abençoe.

Muito obrigado por nos dispensar tanto do seu tempo, Larry. Foi fantástico falar com você.
Fique bem e espero que nos possamos voltar a nos encontrar um dia.


sábado, 10 de setembro de 2011

McLaren relembra Elvis Presley dirigindo 1º carro da equipe

 ELVIS  dirigiu este carro no filme SpinoutResultado de imagem para elvis spinout
A equipe McLaren relembrou em sua página na internet um fato histórico. Um dos pilotos do seu primeiro carro, o Elva M1A group 7, foi o cantor Elvis Presley.
Segundo conta a escuderia, um vídeo de Elvis pilotando o carro foi encontrado pelo diretor de design e desenvolvimento da McLaren Neil Oatley e contém um trecho do filme Spinout, de 1966.
Na cena o cantor e o piloto Graham Hill, bicampeão de Fórmula 1, disputam uma prova em um circuito oval de terra batida.
Depois de ver uma exibição feita por Hill, Elvis pede pra pilotar o carro. Ao se aproximar da máquina, o cantor diz: "esse carro tem um algo a mais". "A imaginação construiu este carro e é preciso imaginação para dirigi-lo", completou.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

elvis presley breve nas telonas

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Elvis Presley chega ao grande ecrã

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Elvis Presley vai chegar ao grande ecrã. A cinebiografia deverá estrear, em 2012, e John Scheinfeld será o diretor do filme.
Segundo o Hollywood Reporter, Elvis Presley vai ter direito a uma cinebiografia.

John Scheinfeld será o diretor do primeiro filme sobre a vida de Elvis Presley, com direito a chegar ao grande ecrã.

A cinebiografia será baseada no livro Elvis: Still Taking Care of Business, escrito por Sonny West, ex-guarda-costas do Rei do Rock.

Ainda não se conhece o ator que vai encarnar a pele de Elvis Presley.

John Scheinfeld escreveu e codirigiu o documentário EUA vs John Lennon e dirigiu Who Is Harry Nilsson.

O filme deverá chamar-se Fame and Fortune e estreará a 16 de agosto, de 2012, quando se completarem 35 anos, desde a morte do cantor.

Já foram feitos vários filmes sobre o Rei do Rock mas este será o primeiro a chegar aos cinemas.
NC