Elvis 1956




sexta-feira, 19 de maio de 2017

LIVRO ELVIS E EU CAPITULO 38) FINAL

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Continuação do livro Elvis e EU  Elvis And Me CAPITULO 37 FINAL


Embarcamos no Lisa Marie por volta das nove horas daquela noite, apenas meus pais, Michelle, Jerry Schilling, Joan Esposito e mais uns poucos amigos íntimos. A princípio, fiquei sentada sozinha, desesperada. Depois, fui para a parte posterior do avião, onde ficava o quarto de Elvis. Deitei ali, incapaz de acreditar que Elvis estava mesmo morto. Lembrei dos gracejos que Elvis costumava dizer em relação à morte:

— Será sensacional para mim deixar este mundo.

Contudo, ele usava no pescoço uma corrente com uma cruz e uma estrela-de-davi. Dizia que queria estar coberto por todos os lados. Tinha medo de voar, mas nunca o demonstrava. Elvis nunca deixava transparecer os seus medos. Achava que tinha a responsabilidade de fazer com que todos se sentissem seguros. Dava a impressão de ser confiante porque não queria que os outros ficassem desanimados.

Lembrei de uma ocasião em que estávamos voando de Los Angeles para Memphis. Havia muita turbulência e o avião sacudia bastante. Todos a bordo estavam assustados. Menos Elvis. Quando o fitei, ele sorriu e pegou a minha mão.

— Não se preocupe, Baby. Vamos chegar lá.

No mesmo instante eu me senti segura. Havia uma certeza em Elvis. Se ele dizia que uma coisa aconteceria assim, então não restava a menor dúvida.

A viagem pareceu interminável. Eu estava completamente atordoada ao chegarmos a Memphis. Fomos levados a uma limusine à espera na pista, a fim de evitar os fotógrafos. Partimos a toda velocidade para Graceland, onde fomos recebidos por rostos frenéticos e incrédulos, de parentes, amigos íntimos e criados — as mesmas pessoas que haviam nos cercado por tantos anos. Eu passara a maior parte
da minha vida com aquela gente e olhar para todo agora foi terrível.

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A maior parte da família de Elvis — Vernon, Vovó, suas irmãs, Delta e Hash, e outros — estava reunida no quarto de Vovó, enquanto os amigos e caras que trabalhavam para Elvis se concentravam no estúdio. Todos pareciam se limitar a entrar e sair dos cômodos, em silêncio, solenes, olhando ao redor com expressões incrédulas.

Lisa estava lá fora, no gramado, em companhia de uma amiga, passeando no carrinho de golfe que o pai lhe dera. A princípio, fiquei aturdida por ela poder brincar numa ocasião como aquela, mas depois compreendi que Lisa ainda não fora plenamente atingida pelo impacto do que acontecera. Vira a ambulância levando Elvis e ele ainda estava no hospital quando cheguei; por isso, Lisa estava confusa.

— É verdade? — perguntou ela. — Papai morreu mesmo?

Mais uma vez eu me senti desorientada, sem saber o que dizer. Ela era nossa filha. Já era difícil para mim acreditar e enfrentar a morte de Elvis. Não sabia como contar a Lisa que nunca mais tornaria a ver o pai.

Balancei a cabeça e depois abracei-a. Depois, Lisa afastou-se e voltou a passear no carrinho de golfe. Mas agora eu estava contente por ela ser capaz de brincar. Sabia que era sua maneira de evitar a realidade.

A noite parecia interminável. Várias pessoas sentaram em torno da mesa de jantar, conversando. Foi então que tomei conhecimento das circunstâncias da morte de Elvis. Fui informada de que Elvis jogara tênis com seu primo Billy Smith até as quatro horas da madrugada, com a mulher de Billy, Jo, e a namorada de Elvis, Ginger, assistindo. Depois, todos se retiraram para dormir. Mas enquanto Ginger dormia, Elvis permaneceu acordado, lendo. Ligou para a Tia Delta e disse que queria um pouco de água gelada, estava tendo dificuldade para dormir.

Elvis ainda estava lendo quando Ginger acordou, às nove horas da manhã, e quando ela voltou a dormir, por volta de uma hora da tarde.

Quando ela despertou, Elvis não estava na cama. Foi encontrá-lo caído no chão do banheiro. Ginger gritou por socorro e Al Strada e Joe Esposito subiram correndo. Depois de chamar a ambulância, Joe aplicou respiração boca a boca em Elvis. Quando a ambulância estava saindo com Elvis para o hospital, seu médico particular, "Dr. Nick", apareceu e foi junto para o Memorial Batista. Ali, os médicos tentaram por mais meia hora

ressuscitar Elvis. Mas foi tudo inútil. Ele foi declarado morto ao chegar, de parada cardíaca. Vernon pediu uma autópsia. O corpo foi levado para a Agência Funerária Memphis, a fim de ser preparado para a exposição em Graceland no dia seguinte.

Enquanto eu estava sentada, escutando o relato das últimas horas de Elvis, fui me sentindo cada vez mais perturbada. Havia dúvidas demais. Elvis raramente ficava sozinho por períodos prolongados. Subitamente, compreendi que precisava ficar sozinha. Subi para a suíte de Elvis, onde passáramos boa parte de nossa vida comum. Os aposentos estavam mais arrumados do que eu esperava.

Muitos dos seus pertences pessoais haviam desaparecido; não havia livros na mesinha-de-cabeceira. Fui ao seu quarto de vestir e era como se pudesse sentir sua presença viva — sua fragrância característica impregnava o quarto. Era uma sensação fantástica. Pela janela da sala de jantar pude ver os milhares de pessoas que esperavam no Elvis Presley Boulevard pelo carro que traria seu corpo de volta a Graceland. Sua música enchia o ar, com as emissoras de rádio do país inteiro prestando seu tributo ao Rei.

Não demorou muito para que o caixão fosse instalado no vestíbulo da frente, aberto à visitação pública. Fiquei no quarto de Vovó durante a maior parte daquela tarde, enquanto milhares de pessoas do mundo inteiro apareciam, prestando sua última homenagem. Muitas choravam; alguns homens e mulheres até desmaiaram. Outras se demoravam ao caixão, recusando-se a acreditar que era mesmo ele. Elvis fora realmente amado, admirado e respeitado.

Esperei pelo momento certo para Lisa e eu nos despedirmos. Era tarde da noite e Elvis já fora transferido para a sala de estar, onde seria realizado o funeral. Havia silêncio; todos haviam ido embora. Juntas, ficamos paradas ao lado do caixão, emocionadas. "Você parece tão sereno, Sattnin, tão descansado... Sei que vai encontrar lá toda a felicidade e todas as respostas. "Depois, pensei: "Só espero que não arme nenhuma encrenca nos Portões do Paraíso." Lisa pegou minha mão e pusemos no pulso direito de Elvis uma pulseira de prata, mostrando mãe e filha de mãos dadas.

— Vamos sentir sua falta... — murmurei.

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ELVIS E EU



Eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. O Coronel compareceu ao funeral usando o seu habitual quepe de beisebol, camisa e calça esporte. Disfarçou suas emoções da melhor forma que pôde. Elvis fora como um filho para ele. Um homem da velha escola, o Coronel era considerado um homem de negócios de coração frio. Mas, na verdade, permanecera fiel e leal a Elvis, mesmo quando sua carreira começara a declinar.

Naquele dia pediu a vernon que assinasse um contrato prolongando a sua posição como agente de Elvis. Já estava planejando meios de manter o nome de Elvis na lembrança do público. Agiu depressa, receando que Vernon, com a morte de Elvis, ficasse transtornado demais para cuidar direito das muitas propostas iminentes. Vernon assinou.

Durante o serviço religioso, Lisa e eu sentamos junto de Vernon e sua nova noiva, Sandy Miller, Dodger, Delta, Patsy, meus pais, Michelle e o resto da família. George Hamilton estava presente. Ann-Margret compareceu em companhia do marido, Roger Smith. Ann apresentou suas condolências com tanta sinceridade que senti um vínculo genuíno com ela. J.D. e o Stamps Quartet cantaram as músicas evangélicas prediletas de Elvis. Vernon escolhera o pregador, um homem que mal conhecia Elvis e falou principalmente de sua generosidade. Elvis provavelmente teria rido e diria ao pai: "Não poderiam ter arrumado um comediante ou algo parecido?" Elvis não queria que o lamentássemos. Encerrando o serviço, fomos para o cemitério, Lisa e eu acompanhando Vernon e Sandy. Ficava a cinco quilômetros da casa e por todo o percurso havia pessoas nos dois lados da rua, com outros milhares no cemitério. Os carregadores do caixão — Jerry Schilling, Charlie Hodge, Dr. Nick e Gene Smith — levaram-no até o mausoléu de mármore. Houve uma breve cerimônia e depois, um a um, todos nos aproximamos do caixão, beijamos ou tocamos, murmurando algumas palavras finais de despedida. Depois, por medida de segurança, Elvis foi transferido para o jardim de Graceland, seu local de repouso eterno.

Antes de Lisa e eu voltarmos a Los Angeles, Vernon pediu-me que fosse ao seu escritório. Ele estava desesperado. Eu sabia de qualquer coisa que pudesse ajudá-lo a compreender por que o filho morrera? Vernon


jamais aceitou plenamente e creio que a angústia levou-o à sua própria morte, assim como Vovó também não se recuperou depois da morte de Vernon.

Eu estava angustiada quando voltei para casa com Lisa, tentando decidir o quer era melhor para ela. Muitas histórias conflitantes estavam sendo divulgadas por publicações nacionais e eu sabia que poderiam ter um efeito negativo permanente em sua lembrança do pai. Resolvi enviá-la para um acampamento de verão. Ali, ela estaria protegida do rádio, TV e jornais, em companhia de muitas amigas, inclusive Debbie e Cindy, filhas de Joe e Joanie.

Quando ela voltou, eu já tinha feito planos com Michelle para uma longa viagem à Europa. Qualquer coisa servia para escapar das lembranças que constantemente apareciam nos meios de comunicação.

A morte de Elvis tornou-me muito mais consciente de minha própria mortalidade e das pessoas a quem eu amava. Compreendi que era melhor começar a partilhar mais com as pessoas com quem me importava; cada momento que tinha com minha filha ou meus pais se tornou mais precioso. Aprendi com Elvis, muitas vezes — lamentavelmente — com seus erros. Aprendi que ter muitas pessoas ao redor pode minar suas energias. Aprendi o preço de tentar fazer todos felizes. Elvis dava presentes a alguns e deixava outros ciumentos, freqüentemente criando rivalidades e ansiedades no grupo. Aprendi a confrontar as pessoas e enfrentar os problemas — duas coisas que Elvis sempre evitara. Aprendi a assumir o comando de minha vida. Elvis era tão jovem quando se tornara um astro que nunca fora capaz de manipular o poder e dinheiro que acompanharam a fama. Sob muitos aspectos, ele foi vítima, destruído pelas próprias pessoas que atendiam a todos os seus desejos e necessidades. Foi também uma vítima de sua imagem. O público queria que ele fosse perfeito, enquanto a imprensa implacavelmente exagerava os seus defeitos. Nunca teve a oportunidade de ser humano, de crescer para se tornar adulto amadurecido, experimentar o mundo além de seu casulo artificial.



ELVIS E EU


Quando Elvis Presley morreu, um pouco de nossas próprias vidas foi tirado, de todos que conheciam e amavam Elvis Presley, que partilharam suas músicas e filmes, que acompanharam sua carreira. Sua paixão era divertir os amigos e fãs. O público era seu verdadeiro amor. E o amor que Elvis e eu partilhamos foi profundo e permanente. Ele foi e continua a ser a maior influência em minha vida.



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EPÍLOGO
 
Passei muitas horas recordando momentos de meu passado que são para mim pedaços da história, significativos e memoráveis. Quando decidi contar esta história, não tinha a menor idéia de como seria uma tarefa difícil e emocionada. Muito se disse e escreveu a respeito de Elvis, por aqueles que o conheciam bem e outros que não conheciam mas diziam que conheciam. Espero ter oferecido uma perspectiva melhor do que ele foi como um homem. Outros livros apresentam uma imagem não muito lisonjeira, ressaltando suas fraquezas, excentricidades, explosões violentas, perversões e abuso de drogas. Eu queria escrever sobre amor, momentos preciosos e maravilhosos, outros repletos de sofrimento e desapontamento, sobre os triunfos e derrotas de um homem, uma grande parte com uma criança-mulher ao seu lado, sentindo e experimentando suas angústias e alegrias como se fossem uma só pessoa.

Eu não seria honesta se não dissesse, ao revelar nossa vida, tão invejada, que não foi fácil para mim. Houve muitas ocasiões em que desejei pular fora, desistir, esquecer ou abrir mão daquele amor tão penoso. Alguns vão achar que omiti muitas datas importantes, fatos específicos e histórias incontáveis. Não creio que alguém possa sequer começar a captar a magia, sensibilidade, vulnerabilidade, charme, generosidade e grandeza desse homem que tanto influenciou e contribuiu para a nossa cultura através de sua arte e música. Nunca tive a intenção de realizar tal feito; queria apenas contar uma história. Elvis foi uma alma gentil, que emocionou e proporcionou felicidade a milhões de pessoas no mundo inteiro e continua a ser respeitado e amado por seus semelhantes. Ele era um homem, um homem muito especial.

FIM



ELVIS E EU





Bom Queridos Amigos Fãs De Elvis Presley e Seguidores Do Blog Elvis The Man Este Foi o Final Do Livro Elvis E Eu, Eu Diego Elvis Dono e ADM  Do Blog Gostaria De Agradecer há Todos que prestigiaram esta leitura e é claro todas as postagens do blog  gostaria de agradecer o carinho de todos e continuem visitando sempre e aguardem os próximos livros,,,,,,


DEIXO AQUI PARA TODOS VOCÊS MEU MUITO OBRIGADO,,,,,,,

ASS, DIEGO ELVIS ADM